PARTES DE MIM

NALDOVELHO
Parte de mim caminha em silêncio, sorrateiramente, a observar detalhes, em busca de novos ensinamentos e de peito aberto para o amanhã.
Uma outra parte traz dentro de si visceralmente entranhado todo um registro passado de um mundo que sobrevive, até hoje, latente em meus sentimentos. Muitos ensinamentos acumulados, bagagens necessárias para a vida que escolhi viver.
Parte de mim não nega o sorriso abusado que faz de mim um poeta que clama a todo instante por um romance, mas não consegue dissimular a dor.
Uma outra parte traz lágrimas nos olhos, versos corajosamente desentranhados a confessar que a saudade ainda se faz presente, que houve um grande amor, hoje ausente, que deixou marcas, profundas marcas, e não deixou espaço para um outro amor.
Parte de mim grita o teu nome e o faz em doloridas cantigas, na verdade manifestos confessos, protestos contra os muitos enganos e por não poder voltar no tempo, só para te dizer, não vá!
Outra parte cala e não revela o teu nome, nega, renega e se esconde, diz que é mais forte, que supera, que é capaz de amar de novo, que mente, interpreta e se ressente de não ter encontrado o remédio, de não ter desfeito o feitiço, de ainda ter em meus dedos o teu cheiro. Que diabos! Só resta praguejar.
Parte de mim já tem cinqüenta e poucos anos, e não mais sonha, outra parte acredita na eternidade dos tempos e espera poder te reencontrar.
Parte de mim caminha em silêncio, sorrateiramente, a observar detalhes, em busca de novos ensinamentos e de peito aberto para o amanhã.
Uma outra parte traz dentro de si visceralmente entranhado todo um registro passado de um mundo que sobrevive, até hoje, latente em meus sentimentos. Muitos ensinamentos acumulados, bagagens necessárias para a vida que escolhi viver.
Parte de mim não nega o sorriso abusado que faz de mim um poeta que clama a todo instante por um romance, mas não consegue dissimular a dor.
Uma outra parte traz lágrimas nos olhos, versos corajosamente desentranhados a confessar que a saudade ainda se faz presente, que houve um grande amor, hoje ausente, que deixou marcas, profundas marcas, e não deixou espaço para um outro amor.
Parte de mim grita o teu nome e o faz em doloridas cantigas, na verdade manifestos confessos, protestos contra os muitos enganos e por não poder voltar no tempo, só para te dizer, não vá!
Outra parte cala e não revela o teu nome, nega, renega e se esconde, diz que é mais forte, que supera, que é capaz de amar de novo, que mente, interpreta e se ressente de não ter encontrado o remédio, de não ter desfeito o feitiço, de ainda ter em meus dedos o teu cheiro. Que diabos! Só resta praguejar.
Parte de mim já tem cinqüenta e poucos anos, e não mais sonha, outra parte acredita na eternidade dos tempos e espera poder te reencontrar.
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