BELEZA TRISTE

NALDOVELHO
Como pode um poema ser belo
e ainda assim ser triste?
Existirá a beleza triste?
Confesse que no entardecer
rola um quê de tristeza,
bate uma nostalgia,
coisa que não se consegue explicar.
E a lágrima no rosto da mulher amada?
Muito triste!
Mas ainda assim, reside ali uma beleza
que por mais que sejamos fortes,
homem nenhum resiste!
E o olhar desconsolado de um filho,
ainda bem criança, ao se despedir, manhã cedo,
quando você vai trabalhar?
Alguém resiste?
Madrugada deserta com noite de lua cheia...
Melhor nem comentar!
O som das águas do mar a acariciar a areia,
praia deserta, tardes de inverno, chuva fina e macia...
Consegue se situar ?
Música cigana, visceral e profana,
um tango arrastado e insano,
um chorão com Zé da Velha ao trombone
e o Paulo Moura a nos atormentar...
Vocês precisam escutar!
É beleza triste existe...
E é disto que o poeta costuma se alimentar.
2 Comments:
Querido Naldo,
Que delícia passear pelo seu blog!
Isso estava faltando realmente: Naldo Velho em doses homeopáticas.
Quanto à Beleza Triste, ela existe sim, basta ler seus poemas...
beijos alegres por estar aqui,
Lílian
Naldo,
O que mais me impressiona nos seus poemas é que quando os leio em minha mente formam imagens de uma beleza singular, como que a revelar o invisível da existência humana. Sim, beleza triste existe... e os poetas a vêem e tentam descrevê-la... pena que no mundo existam tantos cegos!
Beijos ,
Adriana
Postar um comentário
<< Home