DOS DIZERES DESTA TAL DE BEATRIZ

NALDOVELHO
Dedicado à poeta Beatriz Escórcio Chacon
Poderosos, profusos, repletos, confessadamente dispostos em prosas, contos, poemas, que por vezes se mostram indispostos, impacientes e perversos a nos mostrar cicatrizes, versos livres de algemas. Por contas de quais escolhas vocês se atrevem a nos seduzir? Quantas “Beatrizes” vocês estilhaçaram e quantas chegaram vivas até aqui?
Só sei das bagagens verdades, por vivências, por muitas jornadas, do chicote trançado em seda, do fumo maduro e ardido, do vento que venta entranhas, visceral poética estranha que nos traz inquietudes tamanhas nos dizeres desta tal de Beatriz.
Mas que diabo! E eu que pensei ser poeta, prosador ou coisa assim, quanto ainda vou ter que me fragmentar para conseguir tecer versos assim? Quanta coragem será preciso para que eu possa obter a letra precisa que vá revelar a palavra contundente e gritada entre os dentes das verdades que eu trago comigo e que apenas revelam um poeta aprendiz do seu próprio porvir?
Ensina pra gente o poema! Ensina pra gente o caminho, ensina? Revela o segredo dos versos, livres, inquietos, confessos, dos dizeres desta tal de Beatriz.
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